Desde a criação do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG, em 1935 que o Rio Grande do Sul, recentia-se da falta de palco para sua música que, exceto Teixeirinha, Gildo de Freitas, José Mendes e Irmãos Bertussi, não tinha grandes expoentes, capazes de fazer, por exemplo, com que o interesse da juventude gaúcha despertasse para a música do Rio Grande.A situação assim permaneceu até o início da década de 70, quando, em Uruguaiana, um grupo de abnegados, contrariados com o fato de uma música gaúcha ter sido impedida de participar de um festival, decidiu criar a Califórnia da Canção Nativa , evento que perdura até os nossos dias, fazendocom que houvesse uma verdadeira explosão de eventos similares que, especialmente na década de 80, pipocavam por todo o estado, chegando a Santa Catarina, que também criou os seus festivais de música gaúcha.E, Dom Pedrito - Capital da Paz, terra onde foicelebrada a paz do Ponche Verde – não poderia ficar alheia ao movimento que crescia geometricamente. Assim sendo, eleito Prefeito o Dr. Quintiliano Machado Vieira, em 1985, assumiu com músicos, compositores, tradicionalistas e a comunidade pedritense em geral, o compromisso de realizar em Dom Pedrito, um evento de tal magnitude. Nascia o Ponche Verde da Canção Gaúcha, cujo o nome deve-se ao importante distrito do município, local onde Caxias e Canabarro deram as mãos, dando fim à Revolução Farroupilha.Em 1986, no ginásio “Sport Center”, que demonstrou ser excessivamente pequeno para abrigar todos que lá compareceram, foi realizado o Ponche Verde da Canção Gaúcha – 1ª Edição. Um grande sucesso, que foi imediatamente assimilado pelo povo de Dom Pedrito e Região, tendo como vencedora a música “Sonho e Herança de um Peão”, interpretada por João Quintana Vieira e Grupo Parceria. No ano seguinte, concluída pela administração a obra do Ginásio Municipal de Esportes, o festival trasferiu-se para aquele local que, após três noites de lotação completa, indicou como vencedora a composição “Boeira”, interpretada por Miguel Marquês. Ano após ano, “O Melhor Público dos Festivais“ foi lotando completamente o Ginásio Municipal de Esportes, que acabou tornando-se pequeno para o evento, tendo as seguintes vencedoras :
3ª Edição : “Chasque ao Vento” - Interpretada por Wilson Paim
4ª Edição : “Poncho e Paz” - Interpretada por Antônio Gringo e os Quatro Ventos
5ª Edição : “A Construção da Milonga” – Interpretada por Flávio Hansen
6ª Edição : “De Alma, Canto e Fronteira” – Interpretada por Léo Almeida
7ª Edição : “Milonga Pampeana” – Interpretada por Adair de Freitas
8ª Edição : “Lanceiros Negros” – Interpretada por João Quintana Vieira e Grupo Parceria
9ª Edição : “O Pescador e o Rio” – Interpretada por Geraldo Trindade
10ªEdição : “A Troco de Nada” – Interpretada por Chico Saratti
11ª Edição : “Quando os Touros se Apartam” – Interpretada por Miguel Marques
12ª Edição : “Porque Canto” – Interpretada por Jairo “Lambari” Fernandes e Joca Martins
13ª Edição : “Em Baixo dos Bastos” – Interpretada por Jairo “Lambari” Fernandes
14ª Edição : Nesta edição o evento teve duas vencedoras, uma estadual, “Tempo Feio” – Interpretada por Jairo “Lambari” Fernandes e, uma local, “Quando as Guitarras se Calam” – Interpretada por Tiago Cezarino
15ª Edição : Para comemorar os 15 anos de festival, as vencedoras das edições anteriores, concorreram entre si, tendo como vencedora”De Alma Canto e Fronteira” – Interpretada por Léo Almeida
16ª Edição : “Tantas Milongas” – Interpretada por Vinícius Brum
17ª Edição : “De Tribais e Nazarenas” – Interpretada por Jairo “Lambari” Fernandes e Joca Martins
18ª Edição : “Empurrando Tropa” – Interpretada por Joca Martins
19ª Edição: "Qundo um Mata mas os Dois Morrem" - Interpretada por Marcelo Oliveira e Lisandro Amaral
20ª Edição: "Quando se Vai um Campeiro" - Interpretada por Miguel Marques
21ª Edição: "Chamarra do Tempo Antigo" - Interpretada por Fabiano Bacchieri
22ª Edição: "Nas Tardes Lindas da Tarumã" - Interpretada por Rainéri Sphor.
E em breve a 23ª Edição de um dos melhores festivais do estado!!!
sábado, 25 de outubro de 2008
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